quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O código da arte: a verdadeira essência de um artista 2.0


Minha extrema convicção de minha experiência pictória e convicção estilística são de um artista impressionista da modernidade.

Deixando uma mensagem intencionalmente humana e compreensível; nesta concepção de atuação artística está contida a absoluta modernidade de renovação, revolução e transformação; sobre cujos resultados vivemos ainda hoje.

Nesta suprema graça se redimem as notas de uma pintura de uma declaração poética. Isto é, de uma consciência estilística, ainda que remonte por mais de um século todas as profundas mudanças em transição.

Minhas últimas obras foram na realidade totalmente dedicadas ao  aprofundamento intelectualizadas, vivenciado por uma inspiração lírica e poética na temática de figuras e paisagens a uma estruturação mais empenhada de cenas de caráter sacro. Atingindo um altíssimo grau de inspiração transcendente.

As obras revelam a força e a comoção na luz da verdade e de uma vitalidade cheia de ímpetos; revela-se e expande-se. Encontramos a religiosidade e uma capacidade similar e naturalidade e implantação, da vitalidade de soluções compositivas formais; episódios e detalhes em si comuns e tradicionais tingem-se de novíssima espontaneidade e assumem assentos cheios de orrojos.

Já a paisagem é sentida com plenitude de vida cósmica excepcional. Às vezes tensa em sua atmosfera tempestuosa, entretanto sentida como uma descarga de energia para sacudir a fictícia, ambígua fixidez que naturalisticamente de paisagem tempestuosa e ao mesmo tempo, simbolicamente sensação de descarga emocional ou efeito catártico.

Não excluindo uma veia artéria inventiva concepção, que sobretudo observa na amplíssima temática absorvido por uma contemplação a escuta de palpitações internas a uma acentuada expressão de um novo olhar lançado a espirituosidade. Um episodio inédito, uma impulsiva e expedita tomada de posse dos objetos e da paisagem de que se revela, com insistência a cada pincelada sensível. A própria organização da composição é cheia de vitalidade, fremente, movimentada por contrastes interiores, todavia mostrando-nos uma clareza espetacular de visão, uma harmonia de fusão tonal, uma capacidade de resolução nos valores luminísticos que se mantém características impressionistas. Nessa trilha cheguei as improvisações majestosas e vistosas. A cor vivida e variada. A matéria pinge e suculenta, as iluminações de efeito, as resplandências, as exaltações retóricas.

No que tange a uma visão mais colorida, destinada a tornar clara, sobretudo ao meu estilo, minha intuição e conhecimento do mundo permanecem um sinal concreto de uma personalidade marcante, aliás, estreitamente ligada as indicações já expressas por minhas obras anteriores.

Esses quadros, entre os maiores e mais significativos trabalhos de toda minha atividade artística deixa um trecho que vale um resumo crítico de cada obra: tudo se transforma, tudo de vê pleno e acabado, redimia. Uma verdadeira katharsis, cores que bastem e nada mais; não tantos ingredientes, não tantas réplicas; não temos retornos; fácil, simples, deixando cair do como um Tibre sonoro de uma flor, não tem para a grandeza a híspida majestade das figuras principais e movimento das outras...

Esta referência cai exatamente nesses anos em cujo decurso tanto revigora, no velho tronco moralista de educação, plena e sentida (a ética como arte).

Elaborações pictóricas mais divagantes, mas certamente isto só por meditada convicção, e não homenagem servil.

Parece hoje certo, após longos anos de trabalho, que uma visão corretamente moderna da minha obra só pode reconduzir  a seu justo grau de criador e verdadeiro artista. Exemplo da excepcional altura qualitativa.

O aparecimento de uma cultura tão excepcional só pode justificar-se através de uma inspiração verdadeiramente transcendente. E de um longo processo de aprendizado, que universaliza meu importante trabalho.

Ao ver a Mao ativa no término e construção de cada obra, e se ainda hoje se pode ter dúvidas sobre qualquer questão particular não se pode esquecer que as próprias obras testemunham a verdade. A obra fala. Toda obra de arte é autobiográfica.

Todavia, lugares que estive não foram mais que um ponto de referência. De qualquer forma, minha visão gravita sempre a uma dimensão univérsica. Sempre flamente de harmoniosos sensos cromáticos.

Parece-me receber aqui uma ampliação mais verdadeira, uma humana a ansiosa definição absorvida na mais larga respiração de todas as coisas. Já neste período, acho-me ou encontro-me completamente configurado em mim mesmo, temperamento de definição maduro, sério, respeitoso. O artista mais moderno pelos meios de expressividades do que outros do meu século. Não suprimida, nem encoberta pelo esfumado claro-escuro. A linha ou a pintura vive não por si só, mas como de trepidações de delicados abalos: inervada e entrelaçada em novíssimas variações perspectivas.

A luz que ilumina parece penetrar o fundo profundo, envolvendo os personagens embebidos dessa linha.

Meus quadros são essencialmente originais. Entre os mais célebres de minhas atividades pictóricas, onde o domínio técnico se exprime; dir-se-ia em termos pictóricos por uma inspiração transcendente, uma documentação mais segura sobre esses quadros dão como adquirido conhecimento e domínio técnico e intelectual. Particularmente talvez em virtude de um anti-classicismo. Não faltaram obras de grandes atividades pictóricas.

Minha arte deve ser considerada como uma constante ebulição, embora ocultos sob véus de aparente simplicidades, exercício de metáfora; e esta se estende até a escola dos próprios meios expressivos.

É só de traz dessa defesa cotidiana que se pode encontrar a mais verdadeira personalidade.

A linha, esse instrumento indestrutível da maior tradição, aqui ressuscitado para a última fereza orgânica, estreita de perto a matéria mais aleita, fulgida como um mineral polido. Como uma pedra dura.

Tudo assume na fina penetração do desenho clareza e brilho. Aliás encobertos por  uma aparente simplicidade compositiva. Entretanto, no espaço íntegro e esplendente do vão perspectivo, como que aflorando a matéria pictórica, laminada e rebuscada, sentimos que se exaspera uma vibração silenciosa, imperceptível, contudo, continuamente presente.

A minha arte é por sua própria natureza uma consolidação espiritual de difícil compreensão pela complexibilidade dos temas não apenas pessoais, mas até mais amplamente culturais que demonstra brotar.

A concepção aprece glacial, de um mundo, de um modo intelectualmente introvertido.

Minhas melhores obras aparecem, no máximo burguês, ante a moderna busca de exigências problemáticas, uma defesa praticamente indestrutiva, revestida de significações cifradas, cobertas de símbolos quase indiferentes, inalteráveis, sobrepostas a vida.

Minha arte aparece então com a personalidade embutida de dignidade, no perfil decididamente anti-clássico que constitui um eixo inelimitável de revolta intelectual contra um mundo de um sistema arcaico, ultrapassado.

Uma Luz toda metal, isto é, sem outras ligações com o mundo natural “exterior”, compenetram num mundo de gestos parados que se desfaz num silêncio rarefeito.

Nele, tão desesperadamente ansioso por mudar os aspectos da natureza e das coisas, expressos nos acordes crimoáticos cada vez mais irreais em, enfim, nas atitudes cada vez mais bloqueadas, mantendo-se imóveis os personagens deste drama, desesperado e ainda no íntimo de sua parente monumental compostura.

Efetivamente, o núcleo poético este bem explicado:
“A natureza da visões”, a consciência tem em comum como a natureza todas as qualidades da vida. Como a semente de uma árvore única, não sufocada pela seca, contém a plenitude da vida, a qual poderia brotar novamente as raízes de todos os bosques da terra.

Assim acontece ao deixarmos de ser nós mesmos. “Consciência”, de estar dentro dela. Esta, contudo, terá o poder de acordar e ressurgir pela sua própria força. Afinal, Deus está na arte e a natureza é o ponto de partida da verdade.


Isto é uma verdade extraordinária, evoca dimensões profundas que somente corações sensíveis poderão perceber a alcançar, é uma esplêndida experiência.


Marci Machado

Nenhum comentário:

Postar um comentário