Minha extrema convicção de minha
experiência pictória e convicção estilística são de um artista impressionista
da modernidade.
Deixando uma mensagem
intencionalmente humana e compreensível; nesta concepção de atuação artística
está contida a absoluta modernidade de renovação, revolução e transformação;
sobre cujos resultados vivemos ainda hoje.
Nesta suprema graça se redimem as
notas de uma pintura de uma declaração poética. Isto é, de uma consciência
estilística, ainda que remonte por mais de um século todas as profundas mudanças
em transição.
Minhas últimas obras foram na
realidade totalmente dedicadas ao
aprofundamento intelectualizadas, vivenciado por uma inspiração lírica e
poética na temática de figuras e paisagens a uma estruturação mais empenhada de
cenas de caráter sacro. Atingindo um altíssimo grau de inspiração transcendente.
As obras revelam a força e a comoção na luz da verdade e de uma vitalidade
cheia de ímpetos; revela-se e expande-se. Encontramos a religiosidade e uma
capacidade similar e naturalidade e implantação, da vitalidade de soluções
compositivas formais; episódios e detalhes em si comuns e tradicionais
tingem-se de novíssima espontaneidade e assumem assentos cheios de orrojos.
Já a paisagem é sentida com
plenitude de vida cósmica excepcional. Às vezes tensa em sua atmosfera
tempestuosa, entretanto sentida como uma descarga de energia para sacudir a
fictícia, ambígua fixidez que naturalisticamente de paisagem tempestuosa e ao
mesmo tempo, simbolicamente sensação de descarga emocional ou efeito catártico.
Não excluindo uma veia artéria
inventiva concepção, que sobretudo observa na amplíssima temática absorvido
por uma contemplação a escuta de palpitações internas a uma acentuada expressão
de um novo olhar lançado a espirituosidade. Um episodio inédito, uma impulsiva e
expedita tomada de posse dos objetos e da paisagem de que se revela, com
insistência a cada pincelada sensível. A própria organização da composição é
cheia de vitalidade, fremente, movimentada por contrastes interiores, todavia
mostrando-nos uma clareza espetacular de visão, uma harmonia de fusão tonal, uma
capacidade de resolução nos valores luminísticos que se mantém características
impressionistas. Nessa trilha cheguei as improvisações majestosas e vistosas. A cor vivida e variada. A matéria pinge e suculenta, as iluminações de efeito, as
resplandências, as exaltações retóricas.
No que tange a uma visão mais colorida,
destinada a tornar clara, sobretudo ao meu estilo, minha intuição e conhecimento
do mundo permanecem um sinal concreto de uma personalidade
marcante, aliás, estreitamente ligada as indicações já expressas por minhas obras
anteriores.
Esses quadros, entre os maiores e
mais significativos trabalhos de toda minha atividade artística deixa um trecho
que vale um resumo crítico de cada obra: tudo se transforma, tudo de vê pleno e
acabado, redimia. Uma verdadeira katharsis, cores que bastem e nada mais; não
tantos ingredientes, não tantas réplicas; não temos retornos; fácil, simples, deixando
cair do como um Tibre sonoro de uma flor, não tem para a grandeza a híspida
majestade das figuras principais e movimento das outras...
Esta referência cai exatamente
nesses anos em cujo decurso tanto revigora, no velho tronco moralista de
educação, plena e sentida (a ética como arte).
Elaborações pictóricas mais
divagantes, mas certamente isto só por meditada convicção, e não homenagem
servil.
Parece hoje certo, após longos
anos de trabalho, que uma visão corretamente moderna da minha obra só pode
reconduzir a seu justo grau de criador e
verdadeiro artista. Exemplo da excepcional altura qualitativa.
O aparecimento de uma cultura tão
excepcional só pode justificar-se através de uma inspiração verdadeiramente
transcendente. E de um longo processo de aprendizado, que universaliza meu
importante trabalho.
Ao ver a Mao ativa no término e
construção de cada obra, e se ainda hoje se pode ter dúvidas sobre qualquer
questão particular não se pode esquecer que as próprias obras testemunham a
verdade. A obra fala. Toda obra de arte é autobiográfica.
Todavia, lugares que estive não
foram mais que um ponto de referência. De qualquer forma, minha visão gravita
sempre a uma dimensão univérsica. Sempre flamente de harmoniosos sensos
cromáticos.
Parece-me receber aqui uma
ampliação mais verdadeira, uma humana a ansiosa definição absorvida na mais
larga respiração de todas as coisas. Já neste período, acho-me ou encontro-me
completamente configurado em mim mesmo, temperamento de definição
maduro, sério, respeitoso. O artista mais moderno pelos meios de
expressividades do que outros do meu século. Não suprimida, nem encoberta pelo
esfumado claro-escuro. A linha ou a pintura vive não por si só, mas como de
trepidações de delicados abalos: inervada e entrelaçada em novíssimas variações
perspectivas.
A luz que ilumina parece penetrar
o fundo profundo, envolvendo os personagens embebidos dessa linha.
Meus quadros são essencialmente originais.
Entre os mais célebres de minhas atividades pictóricas, onde o domínio
técnico se exprime; dir-se-ia em termos pictóricos por uma inspiração
transcendente, uma documentação mais segura sobre esses quadros dão como adquirido
conhecimento e domínio técnico e intelectual. Particularmente talvez em virtude
de um anti-classicismo. Não faltaram obras de grandes atividades pictóricas.
Minha arte deve ser considerada
como uma constante ebulição, embora ocultos sob véus de aparente simplicidades,
exercício de metáfora; e esta se estende até a escola dos próprios meios
expressivos.
É só de traz dessa defesa
cotidiana que se pode encontrar a mais verdadeira personalidade.
A linha, esse instrumento
indestrutível da maior tradição, aqui ressuscitado para a última fereza
orgânica, estreita de perto a matéria mais aleita, fulgida como um mineral
polido. Como uma pedra dura.
Tudo assume na fina penetração do
desenho clareza e brilho. Aliás encobertos por
uma aparente simplicidade compositiva. Entretanto, no espaço íntegro e
esplendente do vão perspectivo, como que aflorando a matéria pictórica, laminada
e rebuscada, sentimos que se exaspera uma vibração silenciosa, imperceptível, contudo, continuamente presente.
A minha arte é por sua própria
natureza uma consolidação espiritual de difícil compreensão pela
complexibilidade dos temas não apenas pessoais, mas até mais amplamente
culturais que demonstra brotar.
A concepção aprece glacial, de um
mundo, de um modo intelectualmente introvertido.
Minhas melhores obras aparecem,
no máximo burguês, ante a moderna busca de exigências problemáticas, uma defesa
praticamente indestrutiva, revestida de significações cifradas, cobertas de
símbolos quase indiferentes, inalteráveis, sobrepostas a vida.
Minha arte aparece então com a
personalidade embutida de dignidade, no perfil decididamente anti-clássico que
constitui um eixo inelimitável de revolta intelectual contra um mundo de um
sistema arcaico, ultrapassado.
Uma Luz toda metal, isto é, sem
outras ligações com o mundo natural “exterior”, compenetram num mundo de gestos
parados que se desfaz num silêncio rarefeito.
Nele, tão desesperadamente ansioso
por mudar os aspectos da natureza e das coisas, expressos nos acordes
crimoáticos cada vez mais irreais em, enfim, nas atitudes cada vez mais
bloqueadas, mantendo-se imóveis os personagens deste drama, desesperado e ainda
no íntimo de sua parente monumental compostura.
Efetivamente, o núcleo poético
este bem explicado:
“A natureza da visões”, a
consciência tem em comum como a natureza todas as qualidades da vida. Como a
semente de uma árvore única, não sufocada pela seca, contém a plenitude da vida, a qual poderia brotar novamente as raízes de todos os bosques da terra.
Assim acontece ao deixarmos
de ser nós mesmos. “Consciência”, de estar dentro dela. Esta, contudo, terá o poder
de acordar e ressurgir pela sua própria força. Afinal, Deus está na arte e a
natureza é o ponto de partida da verdade.
Isto é uma verdade
extraordinária, evoca dimensões profundas que somente corações sensíveis poderão
perceber a alcançar, é uma esplêndida experiência.
Marci Machado