Retrospectiva

Projeto: A cultura universal de todos os povos

A arte é um signo, algo que sugere a realidade de nosso espírito, sem antagonismo entre abstração e figuração.

Pintar é uma maneira de refletir sobre a vida.

No mundo atual mecanizado, programado a arte é uma das poucas satisfações que nos resta, e que se mantém graças a uns poucos iluminados com um grande símbolo de liberdade.

A arte deve servir a época em que foi criada ou antecipar-se ou imediatamente depois. Um testemunho vivo desta época.

É possível que muitos não compreendam ou não saibam captar o poder e motivo em torno da arte atual.

Grandes mestres da pintura universal foram atualíssimos em suas respectivas épocas e pelos mesmo motivos foram incompreendidos.

Sinto a criação como uma necessidade permanente, e não poderia compreender que o mundo existe sem a arte. 

Pintar ou escrever pode simplesmente significar voltar a viver, ou seja, renascer.

A arte impõe-se a vida, a arte é antes de tudo comunicação.

Nem o estado pode fazer artista por decreto, nem um artista deve submeter-se as ordens de um poder estabelecido.

O tradicional na arte é ser revolucionário e independente.

O meu trabalho é mais que um dever, e tenho por missão o compromisso de realizá-lo.

 A arte é reconhecida como a mais segura forma de expressão que a humanidade conseguiu criar.

No decorrer da história a humanidade acumulou o importante acervo do saber, principalmente no ramo da ciência.

Na contemporaneidade ocorreu o fenômeno da evolução científica de forma acelerada e impressionante. Em decorrência, verifica-se um processo de ramificação da ciência em especializações.

Entretanto, nunca se esgotaram o engenho e a capacidade inventiva através da arte, tal como desde a aurora da civilização.

A Última Ceia

Detalhe da obra

O voo da águia

"Mas os que esperam no Senhor,

renovarão as suas forças;

subirão com asas como águias;

correrão e não se cansarão;

caminharão e não se fadigarão".

Isaías C.40  Vs.31

 

Eu sou uma águia. Em asas de voo ali celebro o que eu sou...

A águia símbolo da renovação e da liberdade se une a contribuição emocional arrebatadora da cor transfigurada em combinações personalíssimas. As combinações sutis e vibrantes resgata ao gosto da sensação subjetiva o valor da liberdade do espírito e espontaneidade de criação.

Uma pintura profundamente inclinada para a visão interior e preciosa, para a evocação íntima. A realidade natural fica transformada num sentido sonhador idealizado.

É compreensível que baseando-se num exemplo pictórico esta obra fica transformada num novo modo de existência, na qual prevalece a inteligência refinada; um ideal contemplativo, e um sutil consenso para a interpretação mística da vida, na qual surge aqui como uma criatividade confidencial e lírica, sendo assim se transforma num elo importante do desenvolvimento artístico moderno.

A pintura é de fato um ponto de referencia para minha atividade pictórica, um documento essencial do novo curso anti-naturalista, nascida como impulso espontâneo da emoção pictórica.

Surge aqui como a manifestação da alma visível e invisível como que num grande complexo cósmico. A integração de corpo, alma e espírito, que traz a experiência estética uma nova forma de existência primordial.